“O desespero não anda em linha reta”

(Citação de Renato Lemos no livro O Amanhã Existe) 

Diferente do que muitos podem achar, a história da Casa Ronald McDonald do Rio de Janeiro não começou no dia 24 de outubro de 1994, quando foi inaugurada como a 1ª da América Latina e 162ª do mundo.

Nossa história começou em 1983, quando Sonia e Francisco Neves iniciaram sua jornada de força, resiliência e fé na busca pela recuperação de Marquinhos, filho mais novo, que com pouco mais de 2 anos recebeu o diagnóstico de uma leucemia linfoide aguda. Uma doença, uma criança e uma família atados por um nó de dor e incertezas.

Câncer é o termo que a medicina usa para designar mais de 100 diferentes tipos de doenças malignas que têm em comum o crescimento desordenado de células. Difícil de se falar e de se ouvir. Silenciosa e invisível, não prefere novos ou velhos, homens ou mulheres. Simplesmente brota onde existam células, onde exista a vida…Traz para doentes e familiares o peso do imponderável, a busca pelo tratamento, as dificuldades de acesso, a jornada na direção da cura. Vencer a doença é vencer o tempo.

Para Sonia e Chico, conhecer e conviver com o câncer de Marquinhos foi o início da transformação da vida de uma família carioca em uma jornada de força, união e mobilização de recursos, pessoas e esperança.

Aquele câncer infelizmente não foi vencido mas, desde então, centenas de crianças e adolescentes têm conseguido superar as inúmeras dificuldades do dia a dia, travar pequenas e grandes batalhas, e até mesmo vencer a doença, graças às ações de acolhimento humanizado e apoio à subsistência que a Casa Ronald do Rio de Janeiro oferece a eles e suas famílias.