Erika e Dudu

2011 foi o ano em que me enterraram viva de cabeça para baixo! O pior diagnóstico que uma mãe pode receber na vida, seu filho tem CÂNCER! A terra some sob os meus pés, fui tomada pelo pavor e a insegurança e incertezas eram presentes em meus dias. Foram os mais longos 15 dias, entre o diagnostico e a primeira alta. Para onde eu vou? Como vou cuidar do meu filho? Morava a 1.100km de distância, minha família, meus amigos, todos longe, estava sozinha!

A Assistente Social do Hospital (FUNDÃO) me apresenta uma solução, uma casa de apoio. Demorei a entender o que era e a aceitar a idéia de dividir um espaço com outras pessoas que jamais havia visto. Mas não tinha outra opção! Saímos do hospital, com uma única mala e dentro dela medo! Entrei pela porta da frente da Casa Ronald, segurando meu filho no colo, pois ele estava apavorado e com muitas dores.

O primeiro abraço, o primeiro olhar e ali mesmo desmontei, eu não era e nem estava forte, mas aquele acolhimento foi como um abraço de mãe, aquele afago soou em meus ouvidos: JÁ DEU TUDO CERTO! E era a única coisa que eu queria ouvir, que tudo daria certo!  E lá fiquei, por quase 8 meses.

A CASA foi minha casa fora de casa, as pessoas a quem eu tanto temia por não conhecer, eram tão eu, eram tão nós que as diferenças não existiam, estávamos todas dividindo os mesmos medos e orando pelo mesmo milagre! As conversas, as terapias, os grupos de apoios, oferecidos pela Casa Ronald, eram o nosso suporte, com eles nos fortalecíamos diariamente e com isso partimos para a briga contra o câncer diariamente!

Não foram dias fáceis, mas voltar todos os dias com os nossos filhos, receber uma refeição, ás vezes a única do dia ( passávamos o dia inteiro em hospitais), feita com tanto carinho e tão saborosa, poder tomar um banho e deitar em uma cama bem juntinhos aos nossos filhos não tinha preço!

Uma história de McDia Feliz

Quando estávamos perto de receber alta e de atravessar aquela mesma porta, que eu entrei com meu filho nos braços, só que agora com ele andando e curado, topei um desafio: o de ser a primeira mãe anfitriã do MC dia Feliz!

O desafio não era só fazer uma linda festa e arrecadar fundos para ajudar as crianças em tratamento de Câncer, mas fazer as pessoas acreditarem na cura e principalmente mostrar as pessoas que a CASA RONALD é uma instituição sériae comprometida. Nós queríamos ser a prova viva de que com o MC Dia Feliz era possível manter a CASA RONALD e assim continuar com um tratamento mais humanizado, que as crianças conseguiam ter uma vida relativamente normal ao meio de tanta dor, mostrar que essa ajuda mantinha a escola, as terapias e todo um sistema completo e voltado única e exclusivamente a crianças que tinham e tem todo um futuro pela frente!

A CASA me fez acreditar que meu filho poderia ser curado e graças a ela, hoje eu posso dar a mesma força que recebi a outras mães.  A CASA RONALD é a casa que o amor construiu, é a casa que me devolveu o sonho de ver meu filho crescer… é a minha CASA!

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